terça-feira, 28 de outubro de 2008

BRIGA DE CASAL



De repente, por um motivo qualquer, começa.


Às vezes explode. Noutras vem devagarinho.


Verbos mal empregados. Nervos alterados.


Uma discordância. Uma implicância.


Insegurança. Uma ponta de ciúme. Bobagem.Um simples mal entendido.


A coisa mais importante do mundo. E de repente o motivo vai embora, talvez envergonhado.





Será que foi espantado pelos gritos?


Que diferença faz se ele só serviu de disparo?


Mal começou a guerra. É hora da lista de mágoas, ora explícitas, ora disfarçadas, uma puxando a outra, corrente.





Onde será que elas estavam meu Deus, tantas e tantas?


Escondidas em algum canto do passado? Escondidas em qual canto do passado?


Em que buraco no peito? Em qual caixa de mudança? Em que brjo feito sapo?


Atrás da qual trincheiras?





Já não importa. Agora é fogo cruzado.Queixas estouram de todo lado, a terra treme.


Os xingamentos, as cobranças de tempos atrás, as mesmas de sempre, eternas.


Como pode tanto rancor se ontem nós ríamos?


Que ser é este que faz tão mal juízo de mim e se deita ao meu lado?





Vai passar, sempre passa e nessa beligerância toda não sobra vencedores.


Ao fim da briga os dois saem derrotados, menos amáveis.


No meio da ruína o cansaço de não ter convencido de que se tinha razão, então fica para próxima.


A próxima briga!

"Se queres prever o futuro, estuda o passado". Confucio






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