sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

EXEMPLO!!!


É isso aí chefe...se beber não dirija!!!

Pra não dizer que não falei das flores...


Terror premiado


Vítima da guerrilha recebe um terço do que o governo paga ao terrorista que o mutilou


O Brasil continua vivendo o paradoxo de premiar quem deveria ser punido e punir quem deveria ser premiado. Em 1968, Orlando Lovecchio Filho, então com 22 anos, foi vítima de um ato terrorista. Uma bomba detonada por militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um grupo terrorista de esquerda, dilacerou uma de suas pernas, que teve de ser amputada. A ação tinha como alvo o consulado americano em São Paulo. Mutilado, Lovecchio, a vítima, teve de abandonar o sonho de se tornar piloto comercial e, há quatro anos, passou a receber do INSS uma pensão por invalidez no valor de 571 reais. Na semana passada, o colunista Elio Gaspari, dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo, revelou que o destino, ou melhor, o estado brasileiro foi bem mais generoso com um outro personagem da história. Diógenes Carvalho Oliveira, o autor do atentado, recebeu do governo federal a confirmação de sua aposentadoria como vítima da repressão durante o governo militar. Além de uma pensão vitalícia de 1 627 reais, Diógenes vai embolsar 400 000 reais referentes a pagamentos atrasados. Um prêmio, sem dúvida, ao absurdo.

Depois do atentado, Diógenes ainda participou de cursos de treinamento em explosivos em Cuba, atacou quartéis do Exército e esteve envolvido na execução de um americano considerado suspeito. Preso, ele foi torturado pelos agentes do governo e, depois, libertado em troca do cônsul do Japão em São Paulo, que havia sido seqüestrado pela guerrilha. O terrorista fugiu para o México, viveu na Europa e passou três anos na África. De volta ao Brasil, foi filiado ao PT até sua voz aparecer em uma gravação na qual pedia ao chefe da polícia do Rio Grande do Sul que aliviasse a repressão aos bicheiros gaúchos. Desde 2002, existe uma lei que garante aos anistiados políticos uma reparação financeira por eventuais danos ou abusos cometidos pela ditadura militar. Por mais absurdo que isso possa parecer, portanto, a indenização paga pelo governo a Diógenes Oliveira, o terrorista que mutilou um inocente, é perfeitamente legal, embora possa ser considerada injusta.

Lovecchio Filho, a vítima que foi mutilada, teve de abandonar o curso de piloto, estudou administração, montou uma empresa e faliu quando Fernando Collor confiscou a poupança. Hoje, separado e pai de um filho, trabalha como corretor de imóveis no litoral paulista. Ao saber do prêmio dado ao terrorista, ele apenas lamentou e disse que já escreveu três cartas ao presidente Lula para pedir que seja criada uma lei que garanta os mesmos benefícios às vítimas da guerrilha. "Não quero vantagem nenhuma. Só igualdade e justiça", diz ele. As cartas nunca foram respondidas.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Artigo de Elio Gaspari









ARTIGO DO JORNALISTA ELIO GASPARI
Em 2008 remunera-se o terrorista de 1968. Elio Gaspari é o jornalista responsável por este artigo. (ainda bem que sobram alguns poucos responsáveis que não se venderam para o governo atual e que divulgam estas verdades absurdas que deveriam ser do conhecimento do povão).
Elio Gaspari

*Daqui a oito dias completam-se 40 anos de um episódio pouco lembrado e injustamente inconcluso. À primeira hora de 20 de março de 1968, o jovem Orlando Lovecchio Filho, 22 anos, deixou seu carro numa garagem da Avenida Paulista e tomou o caminho de casa. Uma explosão arrebentou-lhe a perna esquerda. Pegara a sobra de um atentado contra o consulado americano, praticado por terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária. (Nem todos os militantes da VPR podem ser chamados de terroristas, mas quem punha bomba em lugar público, terrorista era). Lovecchio teve a perna amputada abaixo do joelho e a carreira de piloto comercial destruída. O atentado foi conduzido por Diógenes Carvalho Oliveira e pelos arquitetos Sérgio Ferro e Rodrigo Lefevre, além de Dulce Maia e uma pessoa que não foi identificada.A bomba do consulado americano explodiu oito dias antes do assassinato de Edson Lima Souto no restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro, e nove meses antes da imposição ao país do Ato Institucional nº 5. Essas referências cronológicas desamparam a teoria segundo a qual o AI-5 provocou o surgimento da esquerda armada.

Até onde é possível fazer afirmações desse tipo, pode-se dizer que sem o AI-5 certamente continuaria a haver terrorismo e sem terrorismo certamente teria havido o AI-5.O caso de Lovecchio tem outra dimensão.

Passados 40 anos, ele recebe da viúva uma pensão especial de R$571,00 mensais. Nada a ver com o Bolsa Ditadura. Para não estimular o gênero coitadinho, é bom registrar que ele reorganizou sua vida, caminha com uma prótese, é corretor de imóveis e mora em Santos com a mãe e um filho.A vítima da bomba não teve direito ao Bolsa Ditadura, mas o bombista Diógenes teve.. No dia 24 de janeiro passado, o governo concedeu-lhe uma aposentadoria de R$1.627,00 mensais, reconhecendo ainda uma dívida de R$400.000,00 de pagamentos atrasados. Em 1968, com mestrado cubano em explosivos, Diógenes atacou dois quartéis participou de quatro assaltos, três atentados à bomba e uma execução. Em menos de um ano, esteve na cena de três mortes, entre as quais a do capitão americano Charles Chandler, abatido quando saía de casa. Tudo isso antes do AI-5.Diógenes foi preso em março de 1969 e um ano depois foi trocado pelo cônsul japonês, seqüestrado em São Paulo. Durante o tempo em que esteve preso, ele foi torturado pelos militares que comandavam a repressão política. Por isso, foi uma vítima da ditadura, com direito a ser indenizado pelo que sofreu. Daí a atribuir suas malfeitorias a uma luta pela democracia iria enorme distância. O que ele queria era outra ditadura. Andou por Cuba, Chile, China e Coréia. Voltou ao Brasil com a anistia e tornou-se o 'Diógenes do PT'. Apanhado num contubérnio do grão-petismo gaúcho com o jogo do bicho, deixou o partido em 2002. Lovecchio, que ficou sem a perna, recebe um terço do que é pago ao cidadão que organizou a explosão que o mutilou. (Um projeto que revê o valor de sua pensão, de iniciativa da ex-deputada petista Mariângela Duarte está adormecido na Câmara.) Em 1968, antes do AI-5, morreram sete pessoas pela mão do terrorismo de esquerda. Há algo de errado na aritmética das indenizações e na álgebra que faz de Diógenes uma vítima e de Lovecchio um estorvo. Afinal, os terroristas também sonham.
















" O que me preocupa não é o grito dos sem ética, dos sem caráter, dos corruptos, dos sem vergonha. O que me preocupa é o silêncio dos bons".
M.L.King

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

QUEM TEM RAZÃO ?


Qual lado tem razão no conflito entre israelenses e palestinos? Talvez seja impossível responder essa pergunta.


Israel e a Palestina

A questão palestino-israelense se reduz essencialmente à questão da terra - quem pode viver nela e quem controla seu uso. A isso têm se sobreposto questões de direitos humanos e direito internacional, afetadas pelo ressentimento e pela desconfiança mútuos após décadas de violência.

O que é incontestável é que os dois lados usaram e usam de assustadora violência um contra o outro e que não só os combatentes, mas também os cidadãos comuns (mulheres, idosos e crianças), têm sofrido.

Para os palestinos, a questão não é apenas a presença de colonos, mas também o controle israelense do território, o uso israelense dos recursos hídricos, as limitações que tudo isso impõe às suas perspectivas econômicas, a maneira pela qual são tratados pelas forças israelenses. A dignidade e a esperança dos palestinos, tanto como comunidade quanto como indivíduos, estão sob ataque permanente. Daí o ímpeto de revidar e levar a guerra aos civis israelenses. E, como é típico nos conflitos persistentes, as medidas que Israel toma para neutralizar a ameaça de violência acabam exacerbando o problema subjacente, mesmo que tenham algum impacto a curto prazo no reforço à segurança de Israel.