sexta-feira, 23 de abril de 2010

FILHO ÚNICO.


A política do filho único, que obriga um pai a acorrentar o filho como último recurso para mantê-lo a salvo de ser sequestrado, fato na China mais comum do que a costumeira lenda urbana – as estimativas variam de 10 000 a 70 000 casos por ano.

As pequenas vítimas destinam-se a um mercado clandestino alimentado por pais desesperados pela falta do filho homem que 2 500 anos de confucionismo consagraram como obrigação familiar suprema.

No caso das meninas, famílias rurais que não acham esposa para os filhos. Problema demográfico já comprovado: a disparidade decorrente do controle populacional mandatório e da preferência pelos meninos projeta para 2020 um déficit feminino que produzirá 24 milhões de solteiros sem chance de casamento. Por causa do limite imposto com a política do filho único, a população chinesa começará a declinar por volta de 2026, quando nascerá o bebê que baterá a marca de 1,4 bilhão de pessoas. Será menino?

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