sábado, 25 de dezembro de 2010

La navidad

“Nascimento do Deus Sol Invencível” era o tema da grande festividade romana que comemorava o solstício de inverno no dia 25 de dezembro. Outras celebrações, como a “Saturnália”, em honra ao deus Saturno, tomavam conta da Europa neste mês, entre 17 e 22 de dezembro, ainda no século 3 d.C. Em momentos simultâneos da história, cristãos comemoravam as diferentes etapas da vida de Cristo, buscando testemunhos do dia exato de seu nascimento, enquanto pagãos celebravam a chegada da luz e dos dias mais longos ao fim do inverno. Foi somente no ano de 354 d.C que o Papa Libério, querendo cristianizar as festividades pagãs entre os vários povos europeus, instituiu oficialmente a celebração do Natal - a data de nascimento de Jesus.


































A palavra Natal deriva do latim Natale - grafada com a inicial maiúscula quando se refere ao nascimento de Jesus, cujo aniversário teria sido escolhido, segundo boa parte dos estudiosos, para coincidir com a festividade romana do deus Sol. À festa de raízes pagãs foi conferida uma nova linguagem cristã, da mesma forma que alusões ao simbolismo de Cristo como o “sol da justiça” (Malaquias 4:2) e a “luz do mundo” (João 8:12) expressam o sincretismo religioso desta data. 






De celebração de uma simples missa, o Natal foi substituindo várias festividades em diversos países e passou a incluir um infinito número de tradições. Com o individualismo característico da Reforma Protestante tornou-se uma forma de movimentar a troca de mercadorias e o capitalismo. Também a figura do Papai Noel, calcada em São Nicolau incorporou práticas do paganismo nórdico. Daí as imagens de neve associadas ao evento e à árvore de Natal.


Ainda que tenha a intenção de reunir amigos e familiares em torno de uma mesa para confraternizar, as tradições e símbolos da noite de 25 de dezembro nada tem a ver com Jesus Cristo e seus ensinamentos.

2 comentários:

rozana disse...

Visões de um historiador?

Particularmente, aprecio sua forma de se expressar e de escrever!!!

As interpretações sobre os "fatos históricos" ficam a critério de cada um, dentro de sua forma de ver e interpretar a vida!!!

rozana disse...

Interpretações de um historiador?

Particularmente, aprecio sua forma de escrever e de se expressar.
Quanto aos "fatos históricos"...cabe a cada um, dentro de suas crenças e valores, de sua forma de ver a vida, aceitar ou não o que lhes é passado.